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Vinhos

Vinho verde virou moda no Brasil, entenda o porquê

21 janeiro 2020
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Boa alternativa para o verão, o vinho verde tem ganhado o paladar do brasileiro. Mas, na verdade, ele não possui esse tom. Entenda por quê a bebida tem feito sucesso e saiba tudo sobre o vinho.

O mercado dos vinhos no Brasil está se reinventando. Os apreciadores da bebida milenar já perceberam que os rosés invadiram as adegas, e a próxima variedade a ganhar o paladar nacional é o chamado vinho verde.

Uma boa alternativa para o verão, o vinho verde na verdade não possui esse tom. Ele pode ser branco – o favorito por aqui –, rosado, tinto ou espumante e recebeu esse nome por oferecer alta acidez, em oposição aos mais encorpados e complexos.

Quem ainda não provou a variedade vai se deparar com a bebida nas altas temperaturas deste ano. Seja no litoral, em festas ou até mesmo para se refrescar em casa, esse vinho é uma tendência!

A história do vinho verde

Apesar de se tornar conhecido apenas agora, o vinho verde já existe há séculos. Especialistas acreditam que esse foi o primeiro tipo de bebida a ser exportada de Portugal para outras regiões da Europa, juntamente com o famoso bacalhau português.

O vinho originalmente é produzido na região demarcada dos Vinhos Verdes, um local vitivinícola na província do Minho, no noroeste de Portugal – e bem distante do Douro, onde são fabricados os vinhos do Porto.

Essa região sofre com a influência atlântica, tornando-a ideal para o cultivo das uvas, com solo granítico e temperaturas amenas. Ao todo, existem nove sub-regiões que produzem vinhos com tipicidade distintas. Em comum, a vegetação de todas possui característica predominantemente verde, o que reforça a denominação do vinho verde.

Explicando o vinho verde

A área produtora de vinho verde possui um rigoroso controle para a elaboração da bebida, que vai desde especificações no método de vinificação até uvas autorizadas para o uso. Algumas delas existem apenas na região, e recebem um selo que atesta a sua origem.

A característica mais marcante do vinho verde é a boa acidez, graças à colheita das uvas, que é realizada antes de seu ponto máximo de maturação. Com isso, elas têm uma menor quantidade de açúcar, e, consequentemente, produzem um líquido de baixo teor alcoólico.

Além disso, a leveza, o frescor vibrante, o toque frutado e floral são típicos da bebida.

O vinho verde é um vinho para se beber jovem. Ou seja, ele não necessita passar por um longo período de maturação, o que também contribui para sua acidez e frescor.

Por serem muito aromáticos e bastante frutados, vinhos verdes são perfeitos para a harmonização gastronômica. Frutos do mar e peixes, como pratos portugueses e orientais por exemplo, combinam muito bem com a bebida, que deve ser servida a temperaturas mais baixas.

Para ser considerado um vinho verde, ele deve ser produzido na região portuguesa do Minho, já que o local de produção é um DOC, ou seja, uma Denominação de Origem Controlada. Apenas essa região tem autorização para adotar o termo Vinho Verde.

O segredo do sucesso

A febre do vinho verde é encabeçada pela marca portuguesa Casal Garcia, que já possui 70 anos de tradição. Hoje, é o vinho verde mais vendido no mundo, pois soube se reinventar e se adaptar de acordo com as tendências do mercado.
De acordo com a própria marca, o público feminino foi o primeiro a ser conquistado pelo delicioso vinho, e o recomendou para o segmento masculino.

O principal apelo é ser uma bebida diferenciada, com baixo teor calórico e álcool. Essa variedade de vinho também é menos complexa, mais gaseificada, ideal para ser bebido bem gelado e sem compromisso. Outro atrativo do vinho verde é o preço. Eles são acessíveis e custam em torno de R$ 36.

Devido a essas características, o vinho verde passa uma imagem jovem, sendo muito consumido por esse público.
O período de primavera-verão também incentiva a preferência pelo vinho, que é altamente refrescante.
Em 2016, Portugal exportou mais de 100 mil garrafas de vinho verde para o Brasil. Dois anos mais tarde, o número dobrou, chegando a 200 mil garrafas exportadas e valor 150 mil euros superior.

Para experimentar essa tendência, descubra dois ótimos rótulos para se deliciar:

Artefacto
Sozinho ou harmonizado, este branco é uma opção leve, com boa acidez e um pouco cítrico, com aroma de frutas brancas e cítricas. É sutilmente gasoso.

Encostas da Ribeira
É um vinho branco de estilo frutado e fácil de beber. Jovem, esse vinho não passa por envelhecimento, possuindo aroma de frutas brancas e amarelas e paladar leve e frutado, com acidez típica dessa variedade.

Escrito por: Wine