A diferença entre o vinho frisante e o espumante
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Saiba como essas bebidas são elaboradas e o que possuem de especial
Várias pessoas se questionam sobre qual é a diferença entre frisante e espumante, realmente, eles possuem muitas semelhanças e podem acabar sendo confundidos. Mas para entender a diferença entre eles, é preciso compreender o processo de produção do vinho e os diferentes métodos que dão origem às borbulhas.
O vinho é um produto que resulta da fermentação alcoólica, no qual as leveduras transformam o açúcar do mosto (suco) e cascas da uva em álcool e gás carbônico. Nesse primeiro processo, o gás carbônico é liberado, porém, para produzir um espumante é preciso ter gás carbônico, que é o responsável pelas borbulhas e, a partir desse ponto algumas diferenças surgem.
Todos os espumantes são produzidos através de duas fermentações, com exceção do Espumante Moscatel, que é elaborado pelo Método Asti e passa por uma só. A primeira fermentação que explicamos acima, dá origem a base do vinho e a segunda fermentação pode ser feita das seguintes formas: Método Tradicional, Método Charmat ou Método Asti, conheça mais sobre cada um.
Método Tradicional (Champenoise ou Clássico)
No Método Tradicional, o vinho base é colocado em garrafas e recebe o “licor de tiragem”, composto que leva vinho, açúcar e leveduras, e, com a garrafa vedada, é iniciada a segunda fermentação.
Quando esse passo acaba, a garrafa, que estava disposta na horizontal, é colocada em um recipiente apropriado e passa a ser girada diariamente e levantada até quase atingir a posição vertical, de ponta cabeça para que as borras se encaminhem ao gargalo.
As bocas das garrafas são colocadas de ponta cabeça, uma por uma, em um recipiente para congelar a borra, que fica presa à tampa coroa. Ao abrir a garrafa, essa borra residual é expelida. Ao final, adiciona-se o licor de expedição que pode conter açúcar e que será responsável pela classificação do espumante em brut, demi-sec ou doce, por exemplo. Após esse processo, a garrafa é fechada e recebe a gaiola de proteção. A pressão na garrafa é de no mínimo 4 atm (atmosfera).
Método Charmat
Já no Método Charmat, tem-se a segunda fermentação ocorrendo em tanques de aço inox vedados hermeticamente, diferentemente do Método Tradicional, que acontece na própria garrafa. Após a fermentação, ocorre o engarrafamento e vedação e atualmente, a maioria dos espumantes é produzida assim. A pressão na garrafa também é de no mínimo 4 atm (atmosfera).
Método Asti
Diferente dos outros, no Método Asti, o gás carbônico da primeira fermentação é aproveitado. O resultado desse processo é um espumante com baixa graduação alcoólica que varia entre 7 e 10% e altos teores de açúcar. Aqui, a pressão na garrafa é de no mínimo 4 atm (atmosfera).
Em contrapartida, os frisantes são vinhos que, durante a primeira fermentação, mantém o gás carbônico, sendo ele o responsável pelas borbulhas. A principal diferença é que, mesmo sendo adocicado como os espumantes moscatéis, a pressão será mais baixa. E vale lembrar que, por legislação, o gás também pode ser adicionado ao vinho depois de pronto e a pressão na garrafa é de no mínimo 1,1 ao máximo de 2 atm (atmosfera).
No Brasil, a maioria dos frisantes disponíveis no mercado são da uva Lambrusco, que também cede o nome ao vinho e grande parte dos consumidores conhecem apenas os adocicados, que acabam sendo indicados para quem está iniciando no mundo do vinho. Mas na realidade existem também Lambruscos secos e frisantes elaborados com diversas uvas.
Confira a seleção de alguns rótulos que vão te ajudar a entender essa diferença:
Frisante
Frisante Ballade Rosé 2022: leve, refrescante, frutado e adocicado, esse rótulo tem um intenso aroma floral de frutas tropicais e toque de frutas vermelhas frescas. Harmoniza bem com carnes brancas, queijo cremoso e sobremesas.
Frisante Pedro Teixeira Branco: branco com nuances verdes, esse rótulo é frutado, fresco e harmonioso. Harmoniza bem com peixe frito, coxinha, pastel de queijo e tábua de frios.
Frisante Botticello Lambrusco I.G.T. dellEmilia Rosso Amabile: adocicado, esse rótulo é leve, frutado e possui uma acidez agradável. Harmoniza bem com pratos apimentados e agridoces, como: tacos, nachos, burritos e pizzas.
Espumante
Espumante Dadá Nº 7 White Sweet 2021: rótulo jovem, frutado, leve e vibrante, esse espumante é ideal para pratos exóticos com sabor picante e molhos agridoces.
Espumante Real De Aragón D.O. Cava Brut: equilibrado e muito cremoso, este espumante tem o olfato de frutas brancas, como: maçã e pêssego e equilibra bem com Paella, mariscada e churrasco.
Espumante Castelo do Sulco: espumante fresco, redondo e equilibrado. Harmoniza bem com ostras gratinadas, mariscos, coissant e quiche de palmito.
Perdigón Espumante Brut:com um aroma de frutas cítricas e tropicais, esse rótulo é frutado e possui perlage persistente e delicada. Harmoniza bem com vários alimentos do mar, como: peixes, ostras e saladas frescas.
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