Branco, rosé ou tinto? Conheça 7 vinhos uruguaios imperdíveis
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Apesar de pequeno em território, o Uruguai passou a explorar o enorme potencial de seus vinhedos. O resultado é comprovado nos bons rótulos que sugerimos abaixo. Leia mais!
Segundo menor país da América do Sul, o Uruguai tem uma paisagem formada principalmente por colinas baixas, conhecidas como cuchillas, e por planícies.
Embora tenha pradarias pela maior parte das terras, com criações de bois principalmente, o país também passou a se destacar nos últimos anos pela produção de vinhos.
De acordo com um levantamento realizado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), no ranking de todos países fabricantes de vinhos, o Uruguai ocupa a 27ª posição. Se considerarmos apenas os produtores do Novo Mundo, salta para o 11º posto.
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Originária do continente europeu, a uva que se tornou símbolo do país é a Tannat, levada ao Uruguai pelo imigrante basco Don Pascual Harriague, ainda no século 19. A variedade ocupa mais de 40% dos vinhedos uruguaios.
Anos mais tarde, os imigrantes que chegavam da Espanha também levavam mudas da uva Albariño, outra cepa que se adaptou muito bem ao terroir uruguaio, que tem um clima um pouco mais frio e marítimo.
Também é possível encontrar vinhas de Cabernet Sauvignon e Merlot, além de variedades brancas como Chardonnay, Sauvignon Blanc e Torrontés.
As regiões mais conhecidas no segmento são a da capital, Montevidéu, e de Canelones, mas San José e Colonia del Sacramento também têm uma forte atividade vinícola.
O desenvolvimento na vitivinicultura uruguaia se deu com mais ênfase a partir dos anos 1970, quando novas castas foram implantadas no país, valorizando a produção diante do resto do mercado mundial.
Atualmente, quase todos os estados do Uruguai possuem cultivo de uvas viníferas, e prometem crescimento da produção para os próximos anos.
Sem mais delongas, vamos ao que importa: confira abaixo uma fina seleção de rótulos uruguaios para provar e se surpreender.
Há rótulos variados de rosé, branco e tinto, bons para todos os paladares e ocasiões!
1. Pueblo del Sol Reserva Viognier 2020
Variedade de uva branca que já esteve quase extinta, a Viognier dá vida a este rótulo frutado e fresco que reforça o grande potencial do terroir uruguaio para uvas deste tipo.
Produzido na região de Canelones, o vinho passa cerca de três meses amadurecendo em barricas de carvalho francês, ganhando complexidade.
Os aromas remetem a abacaxi, pêssego e pêra, além de toques florais. No paladar, tem frescor e corpo leve para médio.
Com potencial de guarda de até quatro anos, é uma boa pedida para ir à mesa com filé de peixe ao forno com ervas frescas, espaguete com camarão, brandade de bacalhau, frango assado recheado com farofa, salada de folhas verdes e frutas, ou mesmo queijos frescos.
2. Faisán Cabernet Franc Rosé 2020
Um vinho rosé que cai como uma luva em dias mais quentes, é ideal para ir à taça a uma temperatura de 10 °C, em brindes na beira da praia ou na piscina. Elaborado com a uva Cabernet Franc nos arredores da capital uruguaia, Montevidéu, o Faisán Rosé tem potencial de guarda de até três anos.
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As notas olfativas lembram frutas vermelhas e flores, e o paladar é fresco, frutado e equilibrado.
Em harmonizações, pode acompanhar comidas japonesas, quitutes brasileiros como coxinha e acarajé, salada com frutos do mar ou massas simples com tomate seco.
3. Finca Traversa Sauvignon Blanc 2020
Ao pensar neste rótulo, pense em leveza. Mais uma dica certeira para os dias de primavera e verão, é um exemplar de Sauvignon Blanc que deixa nos apreciadores um gostinho de quero mais.
Frutas cítricas, maçã verde e ervas são os aromas que mais se destacam entre as notas olfativas deste vinho, que tem potencial de guarda de até três anos.
Na boca, é frutado, com acidez refrescante e agradável, que faz com que ele seja ideal para acompanhar salgados fritos como coxinha de frango.
Se quiser dicas de pratos mais elaborados, experimente-o com carnes brancas e massas ao molho branco ou amanteigado.
Pescada ao molho de alcaparras e espaguete com manteiga de ervas também combinam.
4. Pueblo del Sol Reserva Marselan 2020
Cruzamento entre as castas Cabernet Sauvignon e Grenache, a Marselan é uma variedade de origem francesa que também se adaptou ao terroir uruguaio. Este exemplar vem de Canelones, onde passa 90 dias em barricas de carvalho para amadurecimento.
O resultado é um vinho com potencial de guarda de até quatro anos, com taninos presentes e macios.
Em degustações, pode acompanhar pratos como rosbife com cebolas caramelizadas, penne com ragu de calabresa, arroz com costelinha suína, croquete de carne seca, lagarto ao forno, e queijos semimoles.
5. Viñedo Mar de Piedras Gran Bodegón Cabernet Sauvignon 2020
As uvas para a elaboração deste vinho vêm da Sierra de Mahoma, em San José. É uma região com clima temperado, conhecida pelas noites frias causadas pela influência marítima, e pelas chuvas moderadas no verão.
O resultado das condições climáticas são vinhas de maior qualidade, que entregam vinhos Cabernet Sauvignon imponentes como este da vinícola Familia Deicas, com nove meses de amadurecimento em tanques de concreto.
Os aromas de frutas vermelhas frescas saltam no nariz, que também pode perceber notas de pimenta e de especiarias. O paladar é fresco, com acidez equilibrada, taninos suaves e final marcante.
Vai bem à mesa para acompanhar polenta com ragu de linguiça, kafta com molho de hortelã, lasanha de berinjela defumada ou t-bone com alecrim.
6. Viñedo Valle de Los Manantiales Gran Bodegón Tannat 2020
Outra opção produzida pela Familia Deicas, mas desta vez na região de Garzón, onde mantém uma vinha desde meados de 2006.
O terroir é conhecido por ter um solo pobre em nutrientes, e com baixa capacidade de reter água na superfície, o que favorece o crescimento de raízes mais profundas.
As uvas Tannat para a elaboração deste rótulo são colhidas na fase inicial de maturação. Durante a produção, a vinícola preza pelo conceito da mínima intervenção, com pouca ou nenhuma adição de compostos enológicos.
A proximidade com o Oceano Atlântico também é refletida no vinho, que traz aromas de frutas vermelhas e frutas negras maduras, além de toques florais (rosas e violetas).
A dica é servir o vinho a 17 °C, com carnes como costela no bafo e picanha assada, que combinam com o paladar intenso, fresco e elegante da bebida. Polenta mole com ragú de ossobuco, arroz de pato, e sobremesas à base de chocolate amargo também combinam.
7. Pueblo del Sol Roble Cabernet Sauvignon 2019
O termo “Roble” estampado no rótulo deste exemplar tinto indica que o vinho passou por amadurecimento em barricas de carvalho.
Com potencial de guarda de até cinco anos, é uma boa sugestão para ser apreciado sozinho ou para compor o menu de harmonização.
No nariz, revela notas de frutas vermelhas, frutas negras, especiarias, e tem nuances herbáceas. O paladar tem bom corpo, taninos macios, e boa acidez.
Faz bonito à mesa com panqueca de carne, pimentão recheado com ricota, espaguete de abobrinha ao sugo, estrogonofe, pizza portuguesa, e com queijos semimoles.
Agora que já conhece mais sobre os rótulos de vinhos uruguaios, acesse já o Wineverso Podcast e ouça o episódio #65, sobre harmonizações descomplicadas! Saúde!