A vez deles: você precisa conhecer os vinhos rosés!

Você gosta de vinho rosé? 

Por aqui, nós somos fãs! 

Prova disso é que escolhemos esse tipo de vinho para dar as boas-vindas a uma nova série do Wineverso Podcast, chamada “A vez deles”, que tem como proposta falar sobre os rótulos que são tendência e que têm crescido em termos de consumo no mundo todo.

No episódio de número #172, as sommeliers Thamirys Schneider e Marina Bufarah falaram um pouco mais sobre os segredos por trás dessas deliciosas e versáteis garrafas que fazem sucesso e conquistam paladares mundialmente.

O que são e como são preparados os vinhos rosés

Como podemos ouvir no episódio, por incrível que pareça, os vinhos rosés são vinhos produzidos a partir de uvas tintas comuns, como as uvas Malbec e Syrah. 

A principal diferença no seu processo de preparação está no tempo em que o mosto permanece em contato com as cascas durante a vinificação.

Enquanto os vinhos tintos são produzidos deixando o mosto em contato com as cascas por um período mais longo, e os vinhos brancos são feitos sem esse contato, os vinhos rosés têm um tempo de maceração mais curto. 

Na prática, isso significa dizer que as cascas das uvas tintas são deixadas em contato com o mosto por um curto período de tempo, e isso resulta em uma cor mais clara e em sabores, cores e aromas que flutuam entre os vinhos tintos e brancos. 

“A gente pode ter um rosé mais clarinho, mais delicado, mais intenso, com um pouco mais de cor. Vai muito da ideia do enólogo, da estrutura, do estilo que ele quer dar para o vinho dele”, explica a sommelier Thamiris Schneider no episódio.  

Aliás, a cor de um rosé chama a atenção, né? 

Tem um lugar especial em nosso coração também! 

Versatilidade é a palavra de ordem!  

Os vinhos rosés podem variar em estilo, desde os mais secos e leves até os mais encorpados e frutados. 

Eles são geralmente apreciados por sua versatilidade, podendo acompanhar uma variedade de alimentos, incluindo pratos leves, frutos do mar, saladas e até mesmo pratos mais picantes.

“O rosé é um vinho coringa, você consegue levar ele em um dia mais quente, em um churrasco, para a beira da piscina, para beira da praia, com aperitivos… Ele vai muito bem também com comidas apimentadas, com culinária japonesa, indiana por que não, com um strogonoff, moqueca, ele consegue acompanhar bacalhau, chester, salpicão, peru… Ele consegue harmonizar com qualquer um dos pratos que estejam numa ceia de Natal, por exemplo. Na dúvida, leve um rosé”, enumera a sommelier Marina Bufarah. 

Alguns exemplos de uvas comuns usadas na produção de vinhos rosés incluem Grenache, Syrah, Mourvèdre, Pinot Noir e Sangiovese.

Por que o vinho rosé ainda é pouco consumido no Brasil? 

Apesar de todas as vantagens citadas até aqui, o vinho rosé ainda é pouco consumido no Brasil. 

Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, a aceitabilidade da bebida já é grande, enquanto aqui, no Brasil, uma pesquisa de 2020 revelou que ela não corresponde nem a 4% do consumo de vinhos no Brasil. 

“Muita gente acha que o rosé vai ser doce, vai ser aguado, vai ser vinho de mulher… Mas isso está mudando. Por favor, né, gente. O rosé tem notas fechadinhas, uma estrutura maior que, pro paladar de quem vem da cerveja, como muitos homens, por exemplo, vai ser adequado. E a versatilidade é tanta que você pode fazer até drink com rosé. O rosé vai conseguir ganhar um lugarzinho no seu coração”, conta Schneider no Wineverso Podcast. 

Temperatura ideal faz toda a diferença na hora de consumir 

Os vinhos rosés são feitos para serem consumidos gelados e não à temperatura ambiente, combinado? 

Além de mantê-los na posição horizontal para garantir que a rolha permaneça úmida e impedindo a entrada excessiva de ar, os rótulos são geralmente produzidos para serem consumidos jovens e frescos, não sendo destinados a longos períodos de envelhecimento como alguns vinhos tintos robustos. 

Desta maneira, é uma excelente prática consumir vinhos rosés dentro de alguns anos após a safra para aproveitar ao máximo suas características vibrantes e frutadas.

“O recomendado é que eles sejam consumidos a uns sete, oito graus, mais geladinho. Seis graus já é gelado demais, e nove já esquentou muito também”, recomenda Marina aos ouvintes do Wineverso Podcast. 

Sugestões dos especialistas Wine 

Aliwen Reserva Valle de Colchagua Rosé 2022

Viaje até o Chile com Aliwen, da renomada Undurraga. Este rosé expressa a diversidade do Valle de Colchagua, leve e refrescante, ideal para amantes da natureza. Cada garrafa contribui para o reflorestamento na Patagônia chilena. 

Delicado e equilibrado, este vinho é uma festa para o paladar, perfeito com pratos como caldo de abóbora ou risoto de tomate fresco. Aproveite com pratos leves e carnes magras, como canjiquinha com carne de porco ou risoto de tomate seco. 

Esteban Martín D.O. Cariñena Garnacha Rosado 2023

Descubra a excelência da Bodegas Esteban Martín, eleita a vinícola mais sustentável em 2020. Seu rosé encanta com aromas de frutas vermelhas e flores, perfeito para tardes de verão. Este vinho vegano combina perfeitamente com pratos leves e frutos do mar. Experimente com camarões na manteiga ou frango à parmigiana.

U by Undurraga Valle Central Rosé 2021

Um vinho descomplicado e refrescante da renomada vinícola chilena Undurraga. Este rosé, feito com Cabernet Sauvignon, é perfeito como aperitivo e versátil para harmonizações. Ideal para momentos descontraídos, combine-o com pratos leves, carne branca e molhos à base de ervas frescas. Experimente com carpaccio de carne ou filé de frango com legumes.

Veja mais sugestões na página especial de vinhos rosé no site da Wine ou baixe o App Wine e aproveite ainda mais! 

Não deixe também de conferir todos os episódios do Wineverso Podcast!