Vinhos, lhamas e muitas histórias na Argentina
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Inaugurando o Diário de 2015, uma boa história do que vimos e fizemos em uma de nossas recentes idas à Argentina.
Por Manu Brandão
Não faz muito tempo, saí da França com destino à Argentina. Não fui pra lá sozinho, nesta viagem fomos eu, o Vicente e nosso companheiro fiel que fica por trás das câmeras, o Riccardo.
E pra variar, cheguei um pouco antes ao nosso destino, mas não precisei esperar muito pela chegada deles do Brasil. A minha cara na foto abaixo comprova isso. Rsrs
Quando nos encontramos começamos nossa aventura pela Argentina que incluiu uma visita à Luján de Cuyo, sem dúvida, onde se produz a maior parte dos vinhos de alta gama no país.
Localizada aos pés na Cordilheira dos Andes, entre 650 e 1.000 metros sobre o nível do mar, e com terras irrigadas pelas águas do rio Mendoza, suas características de solo e clima tornaram o lugar adequado para o cultivo de uvas mais nobres.
O clima é temperado e árido, com pouca chuva, céu ensolarado, baixa umidade e ventos moderados. Repare na foto em destaque para perceber como estava o tempo na região.
Bom, na primeira vinícola visitada já desfrutamos de vinhos elaborados com um cuidado especial e uma natureza notável.
Depois da degustação de vários exemplares e alguns achados, ainda registramos um momento de tranquilidade com as lhamas do local que, por sinal, foram muito amistosas conosco.
Seguindo o roteiro, passamos por grandes nomes, como Cobos, Catena Zapata e Norton até chegarmos em uma vinícola boutique, onde depois de um passeio nas vinhas tornamos a degustar alguns vinhos com o Mauro, um amigo e dono da bodega.
Encerrando o tour, fomos para o Valle de Uco, uma região de grande amplitude térmica que favorece a coloração e os taninos dos vinhos tintos, tornando-os aptos ao envelhecimento prolongado.
Por lá conhecemos o verdadeiro motivo dessa viagem, a vinícola Monteviejo, do nosso amigo e guru do vinho, Michel Rolland.
Com ele, pudemos dar continuidade a uma prosa que iniciamos num encontro que tivemos em Bordeaux, tira dúvidas sobre algumas histórias, dar boas risadas e, claro, degustar algumas safras do incrível Clos de lo Siete.
Foi o encerramento perfeito para uma viagem enriquecedora e que nos mostrou, mais uma vez, que o mundo do vinho nunca para e vive em evolução constante.
Mesmo nós, que trabalhamos nesse meio e viajamos muito, sempre descobrimos novas verdades, histórias, culturas e pessoas incríveis. E isso é fascinante!