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Curiosidades

Vinhos da América Latina

13 abril 2018
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Muito apreciados por nós, brasileiros, os vinhos da América Latina conquistam aos mais diversos paladares, com seu estilo do Novo Mundo. Saiba mais.

Em 21 de abril, comemora-se o Dia da Latinidade. Nada melhor do que um bom rótulo da América Latina para brindar e mostrar o orgulho que sentimos, não é mesmo?

Junto à origem comum de nossas línguas e ao fato de partilhamos semelhanças culturais, a paixão pelo vinho é certamente mais um ingrediente que une a vasta comunidade de países da América Latina.

Em várias regiões do território que separa a fronteira norte do México da fronteira sul da Argentina e Chile, o vinho é produzido e hoje conquista paladares por todo o mundo. Porém, esse sucesso é muito recente, tendo em vista que a história vitivinícola da região remonta ao século 16.

Vamos passear por alguns países dessa comunidade para ilustrar o que o vinho representa para nós.

México

A mais antiga indústria vinícola das Américas, inclusive de todo o Novo Mundo, é a do México, fundada em 1530. Contudo, ela ficou estagnada por três séculos, devido a uma proibição do rei da Espanha, a fim de proteger a indústria vinícola espanhola.

Atualmente, a região conhecida como Baja Califórnia concentra cerca de 90% da produção moderna e de qualidade de exemplares mexicanos.  Sua produção ainda é pequena, não figurando significativamente no ranking de produtores mundiais.

Chile

O Chile foi o primeiro país sul-americano a começar a exportar vinho em volume significativo. Hoje, é o quarto maior exportador e o oitavo maior produtor do mundo, o líder em produção no seu continente.

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Embora tenha começado o cultivo de uvas também no século 16, as variedades francesas que lhe deram fama chegaram ao país no século 19.

De lá para cá o investimento em tecnologia impulsionou o Chile a construir sua atual reputação mundial como um produtor sério de vinhos de alta qualidade.

Tintas como a Cabernet Sauvignon, a Merlot, a Syrah, a Pinot Noir e a Carménère, recentemente descoberta entre os vinhedos locais, junto as brancas Chardonnay e Sauvignon Blanc, são as que mais se destacam no país.

Argentina

Cruzando a Cordilheira dos Andes, temos a Argentina, onde os primeiros vinhedos também foram plantados no século 16. Todavia, como no Chile, apenas no século 18 foram introduzidas variedades de uvas francesas, entre elas aquela que tornou-se emblemática no país, a Malbec.

Em solo argentino, a Malbec encontrou condições muito diferentes da sua terra natal na França, atingindo níveis perfeitos de amadurecimento e gerando vinhos que fizeram sua fama mundial.

A enorme representatividade dos vinhos argentinos fez do país o nono maior produtor e exportador mundial de vinhos, tendo a maior extensão de vinhedos da América do Sul. Outras uvas como a Cabernet Sauvignon, a Bonarda, a Syrah, a Merlot, a Chardonnay, a Sauvignon Blanc e a nativa Torrontés também se destacam.

Brasil

O Brasil tem uma história de revolução de qualidade vinícola que começou a partir da abertura das importações na década de 90 do século passado.

Os produtores locais tiveram que investir na melhoria dos seus produtos para poder encarar a qualidade dos importados, que ganharam o gosto dos apreciadores brasileiros, principalmente dos países vizinhos.

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A tecnologia, aportada tanto na viticultura quanto nas vinícolas, mudou esse quadro. Nos dias atuais, o vinho nacional tem lugar garantido, é exportado e merecedor de premiações internacionais.

Nossos espumantes e vinhos da uva Merlot, entre outros, têm se destacado. Nosso país tem a terceira maior área de vinhedos do continente e é o vigésimo maior produtor do mundo.

Uruguai

O Uruguai é conhecido como o “país boutique de vinhos da América do Sul”, devido à sua pequena produção de vinhos de alta qualidade.

A produção moderna no país deu-se a partir do século 19, também com a chegada de variedades francesas, entre elas a Tannat, que viria a ser conhecida como a uva emblemática do país, dada a sua adaptação admirável ao terroir do país. O Uruguai é o segundo maior consumidor de vinhos per capta do continente e também o quarto maior produtor local. Aqui tamanho não é documento.

Terminamos aqui nosso passeio, mas deu para ficar claro o que a América Latina tem a oferecer em termos de vinho. Isso sem entrar no mérito das diversas regiões produtoras de cada país, na enorme variedade de uvas além das citadas, produtores e estilos de vinho. Um verdadeiro parque de diversão para os apreciadores da bebida. Saúde!

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