Vinho tem carboidrato?
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A preocupação é comum entre quem aprecia uma taça de vinho e se preocupa com a dieta. Descubra abaixo mais informações sobre a presença de carboidratos nos vinhos!
Com o passar do tempo, as pessoas passaram a ter cada vez mais atenção ao estilo de vida saudável, unindo uma boa alimentação à rotina com exercícios físicos, entre outras iniciativas que contribuem para a melhora da saúde a longo prazo.
Para quem tem restrições ou prioriza uma dieta low carb, ou seja, baseada na baixa ingestão de carboidratos, é comum questionar se determinado alimento contém essas biomoléculas.
Dica de leitura: Afinal, o que é vinho seco?
Então, vamos direto ao ponto: será que os vinhos têm carboidratos? A resposta objetiva é sim e nós reunimos mais alguns detalhes abaixo!
Afinal, o que são carboidratos?
A maior parte dos alimentos que costumamos ingerir no dia a dia tem carboidratos em sua composição. Os carboidratos, também chamados hidratos de carbono, são biomoléculas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Estão relacionados, principalmente, à função de fornecer energia para os nossos corpos.
Eles estão presentes em todos os alimentos de origem vegetal, pois as plantas armazenam carboidratos como fonte de energia quando realizam a fotossíntese.
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Na lista dos alimentos ricos em carboidratos estão milho, arroz, mandioca, batata, trigo e mel, entre outros. Outros alimentos como verduras e legumes, também têm carboidratos, mas em concentração menor do que a constatada em frutas e cereais, por exemplo.
Alguns especialistas orientam que, em uma alimentação saudável com nutrição balanceada, é possível ingerir até sete porções diárias de cerca de 50 gramas de alimentos como tubérculos e cereais e de quatro a cinco porções diárias de frutas – cada porção com até 100g.
O vinho e a alimentação
As uvas são frutas ricas em carboidratos com índice glicêmico moderado, principalmente as uvas tintas. Como produto derivado da uva, é claro que o vinho teria também carboidratos, mas quando consumido com moderação, não oferece riscos à dieta.
A fruta ainda é rica em resveratrol, substância antioxidante que, geralmente, está presente na casca das uvas. Além de também ser encontrada no vinho, o resveratrol atua na síntese da gordura no organismo e pode auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares e do câncer.
De maneira geral, os vinhos secos são os que contêm a menor quantidade de carboidratos. Em uma taça de 150ml de vinho seco, por exemplo, há cerca de 3 a 4g de carboidratos. Os suaves, como têm mais açúcar residual do processo de fermentação, têm entre 4 e 10 gramas de carboidrato por taça de 150ml.
Mas se você pretende consumir uma quantidade excessiva da bebida de uma só vez, é importante saber que pode estar ingerindo mais carboidratos do que o recomendado. Além disso, o consumo abusivo de álcool modifica o metabolismo e causa alterações no organismo.
Veja abaixo o valor estimado de cada tipo de vinho (a cada 150ml ou o equivalente a uma taça).
Vinho tinto seco: 3 a 4 gramas de carboidrato
Vinho branco seco: 3 a 4 gramas de carboidrato
Vinho rosé seco: 3 a 4 gramas de carboidrato
Espumante seco (brut): 2 a 4 gramas de carboidrato
Vinho tinto suave: 4 a 10 gramas de carboidrato
Vinho branco suave: 4 a 10 gramas de carboidrato
Vinho rosé suave: 4 a 10 gramas de carboidrato
Espumante suave (demi-sec ou moscatel): 4 a 10 gramas de carboidrato
Vinho de sobremesa (licoroso): 9 a 14 gramas de carboidrato
Ao levar em consideração os valores acima, dá para concluir que é mais seguro optar pelos vinhos secos e espumantes brut, caso você esteja em uma dieta low carb, ou com restrições em geral para a ingestão de carboidratos.
Dicas para equilibrar o consumo de carboidratos
1. Se for beber, prefira petiscos com menos carboidratos
Caso você participe de um evento ou mesmo saboreie um vinho em casa para relaxar, escolha pratos mais proteicos para acompanhar. Dê preferência às carnes, aves e peixes, por exemplo.
2. Prefira os grãos integrais no dia a dia
Quando comparados aos refinados, os grãos integrais são melhores fontes de fibras e outros nutrientes relevantes para a saúde, como as vitaminas do complexo B.
3. Laticínios com menos gordura são melhores
Leite, queijo, iogurte e outros derivados lácteos são bons para fornecer cálcio e proteína, além de vitaminas e minerais. Dê preferência aos menos gordurosos e evite adicionar açúcar quando consumir.
4. Tudo depende da quantidade
Existem estudos promissores que alegam que o vinho pode auxiliar na perda de peso, mas sabemos que isso também depende da quantidade ingerida. Em geral, o recomendado é uma alimentação equilibrada, sem abuso de álcool e com acompanhamento de especialistas.
5. Consuma menos açúcar em geral
O ideal é limitar o uso do açúcar no dia a dia, especialmente o consumo de doces, processados e refrigerantes.
6. Inclua frutas e vegetais na dieta
As frutas e os vegetais são fontes de fibra e água, além de nos beneficiarem com vitaminas e minerais essenciais.
7. Leguminosas são boa fonte de proteína
Feijão, ervilha e lentilha estão entre as leguminosas mais nutritivas e saborosas. Uma boa dica é priorizá-las na rotina alimentar, pois, geralmente, elas têm baixo teor de gordura e muitos nutrientes como potássio, ferro e magnésio.
8. Priorize os vinhos tintos
Nos diferentes estudos realizados relacionando vinho e emagrecimento, os vinhos tintos apresentaram melhores resultados, geralmente, ligados ao resveratrol, polifenol encontrado nas cascas escuras. Quanto mais escuro o vinho, mais polifenóis ele terá.
9. Não deixe de consultar um especialista
Caso esteja planejando um processo de mudança de hábitos e alimentação, consulte sempre um especialista para esclarecer suas dúvidas e questões sobre a dieta. O profissional vai orientar o que é melhor de acordo com seus objetivos e com o seu organismo.
10. Lembre-se de outros benefícios da bebida
Ainda que contenha carboidratos, nenhum alimento ou bebida deve ser considerado vilão de uma dieta. É importante lembrar que o vinho pode auxiliar na prevenção a doenças cardiovasculares, além de melhorar a digestão e ter propriedades antioxidantes.
Agora que tirou suas dúvidas sobre carboidratos e vinhos, que tal entender a diferença entre vinho vegano, orgânico e biodinâmico?
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