Afinal, o que é vinho seco?
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Saiba mais sobre as características do vinho seco, conhecido popularmente pela doçura menos perceptível no paladar
O vinho disputa há tempos o topo da lista de bebidas mais apreciadas e consumidas pelos brasileiros. No entanto, você saberia responder de maneira objetiva o que é vinho seco?
O vinho seco é aquele que contém menor teor de glicose – mais precisamente até quatro gramas por litro (4g/l). Seu baixo teor de açúcar é resultado do processo de fermentação das uvas e, por isso, o esperado é que esse vinho não tenha doçura tão perceptível no paladar.
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A classificação das bebidas varia ao redor do mundo, no entanto, no Brasil, é definida por uma legislação específica, que também regulamenta os padrões dos demais tipos de vinhos e outras bebidas preparadas a partir da uva.
Como quase todo o açúcar natural da fruta é transformado em álcool durante a fermentação, o que resta é apenas o chamado açúcar residual. Muitas pessoas acreditam que é esse fator que agrega mais (ou menos) qualidade ao vinho, mas isso é um equívoco. É importante destacar que é apenas uma classificação da bebida atrelada à legislação do país onde o vinho será comercializado.
Por isso, se você é iniciante no mundo do vinho, a sugestão dos especialistas é que se dedique a entender com clareza os detalhes que diferem um vinho do outro, dessa forma, as degustações serão realizadas de forma consciente e prazerosa.
O processo de elaboração do vinho seco
O vinho seco é elaborado a partir de uvas da família Vitis vinífera (uvas europeias ou “uvas nobres”) e Vitis Labrusca. Atualmente, há aproximadamente cinco mil uvas categorizadas como Vitis vinífera, entre as mais famosas, destacam-se Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Malbec e Merlot.
Já as Vitis Labrusca são mais resistentes e adaptáveis e toleram umidades mais altas, sendo muito utilizadas em vinho in natura e vinhos de mesa.
Depois que as uvas são esmagadas, é iniciado o processo de fermentação, quando parte do açúcar existente nas uvas é transformado em álcool pelas leveduras. Essa etapa pode ser feita em barricas de madeira, cubas de inox ou mesmo nas próprias garrafas. Os vinhos seco, meio seco e suave são produzidos da mesma forma.
Amaciando o paladar
Se você está dando os primeiros passos pelo universo de Baco, pode tentar estabelecer uma graduação para, aos poucos, ir se preparando para conhecer sabores e aromas mais marcantes.
No entanto, vale reforçar: o senso comum associa os termos “seco” e “suave” ao gosto dos vinhos, mas o conceito de vinho seco está ligado à legislação que regulamenta a bebida. Nosso convite é para que você se aventure pela experiência sensorial que uma garrafa pode proporcionar durante a degustação.
Caso queira começar a se habituar com a bebida, a dica é provar primeiro vinhos mais leves, elaborados a partir de uvas como Pinot Noir e Gamay. Os vinhos desenvolvidos a partir dessas uva têm menos taninos e, portanto, mais leveza e maciez no paladar. Os principais aromas trazem notas florais e de frutas vermelhas. As safras recentes são as mais indicadas.
Combinações com pratos que valem a pena
Entre a variedade de tipos de vinhos, há opções que combinam com diversos pratos – de massas a frutos do mar.
Um macarrão à bolonhesa, por exemplo, pode muito bem acompanhar um exemplar de Cabernet Sauvignon, assim como o Sauvignon Blanc harmoniza com um prato de mariscos bem preparado.
Em dias mais frios, uma sopa pode aquecer o paladar e também ser uma ótima combinação com um vinho tinto seco. Já um exemplar de Merlot, bem aveludado, cairá como uma luva para acompanhar o tradicional capeletti, por exemplo.
Vale lembrar que pratos gordurosos vão melhor com vinhos de acidez elevada, já que essa característica da bebida enriquece o sabor da gordura e deixa o prato mais agradável.
Confira as sugestões de rótulos selecionados pelos especialistas da Wine!
Casillero del Diablo Reserva Pinot Noir 2019: elegante e delicado, esse exemplar é frutado e possui notas de tostado. É um rótulo versátil, conhecido por seu bom custo-benefício. Vai bem com atum na brasa, galeto recheado, churrasco e risoto de funghi.
Fat Bastard I.G.P. Pays dOc Pinot Noir 2019: elaborado a partir de uvas selecionadas no coração do rico terroir de Languedoc, no sul da França. Esse rótulo é vegano e, no paladar, revela taninos macios e um final surpreendente. Pode acompanhar pratos leves como frango assado com especiarias, quiche Lorraine e, até mesmo, um risoto caprese.
Partridge Flying Malbec 2020: fácil de beber, tem corpo leve para médio e taninos macios. Seu amadurecimento vem de uma passagem de seis meses por barricas de carvalho francês e americano.
Partridge Flying Chardonnay 2020: esse exemplar agrada apreciadores com facilidade. Frutado, leve e de acidez agradável, faz bonito na taça quando servido com canelone de berinjela com ricota, moqueca de cação ou risoto de pêra com brie. Salada tropical e queijos frescos completam a lista de harmonizações.
Altivo Classic Malbec 2019: vinho varietal, que traz como proposta ressaltar o melhor da uva Malbec. Pode ir à mesa ao lado de pratos como quibe assado com queijo, bife à milanesa e quiche vegetariano.
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