Como o vinho rosé é feito?
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O vinho rosé tem ganhado cada vez mais espaço nas taças de enófilos mundo afora. Mas você sabe dizer como esse delicioso tipo de vinho é elaborado? Descubra aqui.
Vinho rosé. Você sabe como ele é feito? Certamente você já foi conquistado pela cor convidativa, o estilo delicado e refrescante que tanto combinam com o clima do nosso país, mas talvez ainda reste a curiosidade.
Há quem afirme que o vinho, nos seus primórdios, tenha tido uma cor próxima a do que hoje chamamos de rosé, devido às técnicas rudimentares de produção, mas foi apenas no século 19, na França, que o Dr. Jules Guyot criou a primeira definição de um vinho rosé, em termos de produção, no seu livro “Viticultura e Enologia”.
O que é um vinho rosé?
Vinho rosé é o que possui cor de várias tonalidades próximas ao rosa. Dos tons claros beirando ao pêssego ou salmão, passando pelo rosa propriamente dito, até colorações que lembram cereja-claro. A cor vem das cascas das uvas tintas utilizadas na sua produção, através de diferentes métodos, ou por meio da mistura de vinho tinto com branco.
Quais os métodos de elaboração do vinho rosé?
Método de prensagem direta
Nesse método, as uvas tintas são prensadas delicadamente (tal como na produção de vinhos brancos) permitindo que o mosto (suco) seja levemente colorido pelos pigmentos das cascas. Depois, ele segue para fermentação em branco (sem as cascas). Costuma resultar em vinhos delicados e de cores muito claras.
Método de maceração curta
Aqui os vinhos seguem a forma de produção dos tintos, porém, as cascas ficam em contato com o mosto (maceração) por curto período de tempo, horas geralmente. Esse processo pode ocorrer antes da fermentação (maceração pré-fermentativa) ou durante a fermentação, com as cascas sendo, então, separadas do mosto que segue com a fermentação em branco.
Método de sangria
É o método no qual as uvas tintas seguem o processo de produção de vinhos tintos. Porém após certo período de maceração com o líquido tendo atingido uma coloração rosada, parte do mosto é separada e segue para fermentação em branco, e o restante do mosto que ficou no tanque com as cascas segue a fermentação para resultar em um tinto. Resulta em um rosé mais escuro, mais alcoólico e com mais corpo. Muitos o consideram um subproduto do vinho tinto.
Método de corte
Esse é aquele em que literalmente se mistura uma parte de vinho tinto a um vinho branco. Países como a África do Sul e Estados Unidos, por exemplo, permitem essa técnica, que é proibida na Europa.
Esse é justamente o método ao qual muitos atribuem resultados de má qualidade, contudo, se pensarmos na quantidade de variedades de uvas que existem, abre-se um número enorme de possibilidades.
Sempre vale lembrar que a qualidade de um vinho deve-se muito à qualidade da matéria-prima e às escolhas de quem o produz, sendo assim qualquer método de produção poder resultar ou não em algo satisfatório.
Médodo de cofermentação
Utilizado em raros casos (rosados da D.O. Cigales, por exemplo), consiste em misturar uvas tintas e brancas fermentando-as em conjunto. É um método que oferece certa dificuldade de controle sobre os resultados.
Independente da forma de fazê-los, os rosés , em que não é obrigatório a menção do método de produção, têm ganhado espaço em todo o mundo, sendo produzidos em diversos países e regiões, além daquela que é para muitos a maior referência em vinhos rosés, a Provence, na França.
Uma região única em que cerca de 89% de todo vinho produzido é rosé. Um sucesso! Experimente seus exemplares e os de outras origens, e divirta-se!