Vinho com gelo: pode ou não pode? Descubra agora!
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Dúvida comum entre quem está iniciando no mundo do vinho, a questão, apesar de polêmica, pode ser resolvida de forma simples. Descubra como!
Adicionar qualquer outra substância ao vinho já foi motivo para a criação de leis duras e punições na Antiguidade. Quem fosse pego colocando água era imediatamente punido. Na Idade Média, isso foi ainda mais significativo.
Nessa época, o consumo de vinho era, por muitos, considerado mais saudável do que o de água. A explicação para isso é que a água, geralmente, estava contaminada e poderia causar doenças graves em boa parte da população.
Vamos dar um salto no tempo e chegar aos dias atuais. Já temos água limpa e tratada, condições favoráveis de higiene e tecnologia para a fabricação de diferentes tipos de vinho. Seria um sacrilégio colocar gelo na bebida quando ela está meio quente?
É o que vamos averiguar no post de hoje!
Vinho com gelo ou sem gelo?
Aqui na Wine, somos entusiastas da nossa bebida favorita e de formas diversas de consumi-la. Acreditamos que o vinho é democrático, que pode ser consumido de forma individual ou em conjunto, e que tem rótulo para todos os gostos!
Entretanto, se a temperatura ideal do líquido é assunto de discussão de muitos, com o gelo, não poderia ser diferente.
O Brasil, como um país tropical, tem uma tendência maior a consumir os vinhos refrigerados. Mas, e com gelo? Pode?
A resposta é sim, se você quiser e preferir, você pode colocar uma pedrinha de gelo no seu vinho!
A única questão que deve ser considerada é que ele pode perder algumas características, como o aroma, o teor alcoólico e o sabor. Como acontece com todas as bebidas que recebem gelo, com o vinho não poderia ser diferente e você perderá uma boa experiência de degustação.
O que acontece quando eu coloco gelo no vinho?
Ao colocar gelo no vinho, ele irá começar a derreter e a água diluirá o aroma e o sabor, mudando o pH da bebida. Lembre-se de que cada bebida é produzida para ser consumida em temperatura apropriada.
Os vinhos tintos, por exemplo, variam entre 12 e 18º C, dependendo do exemplar. Já os brancos regulam de 7 a 9ºC (brancos leves), a 10 a 12ºC. Já os rosés, de 9 a 12°C. Por fim, os espumantes, de 6 a 8°C. Todos esses últimos exemplos, inclusive, são referências de rótulos que gostam de temperaturas mais baixas – e ficam ótimos com elas!
Um espumante quando servido quente faz com que o gás carbônico, responsável pelas borbulhas, se desprenda mais rápido, por exemplo. Com gelo, essas borbulhas também acabam sendo alteradas.
E isso vale também para os rosés e brancos, onde o aroma diminui, ou para os tintos, onde a temperatura do gelo pode realçar os taninos do exemplar.
Geralmente, essas informações relacionadas à temperatura estão descritas no rótulo, assim como as possibilidades de harmonização. Se você estiver, por exemplo, em um contexto de alto verão, num calor de 38º, certamente, vai encontrar o vinho ideal para essa ocasião.
Quando o vinho com gelo começou a ser falado por aqui?
O vinho com gelo e os debates em torno dele começaram quando, há alguns anos, a famosa Moët & Chandon trouxe uma novidade para o Brasil que deu o que falar: vinhos feitos especialmente para serem degustados com pedras de gelo. Em entrevista dada à Folha de São Paulo, o sommelier Manuel Luz explicou que estes eram espumantes com mais açúcar e borbulhas do que similares. Por isso, eles deveriam ter serviço rápido, o que justificaria o vinho com gelo.
Além dele, outros especialistas deram sua opinião e foram unânimes ao dizer que a presença do sólido na bebida pode comprometer suas características, como já falamos há pouco. Isso é ainda mais significativo quando se trata do tipo de vinho e da quantidade de gelo.
Vinho com gelo: quais os mais indicados para colocar a pedra?
Nem tudo deve ser levado a ferro e fogo e, se você gosta de vinho com gelo, tudo bem. Não existe resposta certa para esta pergunta!
No entanto, existe um grande consenso entre os apreciadores da bebida sobre quais ficam melhores e piores com a adição. Os rótulos “Ice”, por exemplo, são criados para serem refrescados com esse ingrediente a mais. Geralmente, esses vinhos são espumantes, brancos e rosés, como dito anteriormente, que são também as opções mais indicadas para o verão.
Você poderá optar pelas seguintes bebidas:
Espumante Chandon Passion On Ice Demi-Sec
O Chandon Passion, da Chandon Brasil, na Serra Gaúcha, é um espumante rosé com aromas de frutas frescas como pêssego, maracujá, lichia e jambo, com notas de flor de laranjeira.
Possui o paladar leve, frutado, macio e com acidez equilibrada com delicada doçura.
Um exemplar demi-sec, que encanta desde a primeira taça, não perde ao ser acrescentado com uma pedrinha de gelo.
Pode acompanhar uma refeição, ser degustado em um happy hour ou compor um drink especial com duas pedras de gelo.
Espumante Chandon Riche Demi-Sec
Também da Chandon Brasil, este espumante meio seco conta com aromas de doce de laranja, frutas secas como uva passa, figo, damasco e toque de mel.
Em boca, é aveludado, possui bom frescor, excelente cremosidade e ótima harmonia entre acidez e doçura. Pode ser acompanhado do gelo e harmonizado com ceviche picante, camarão em molho agridoce, comida tailandesa, torta de maçã, nhoque na manteiga, entre outros.
Espumante Dadá de Finca Las Moras Nº 7 White Sweet
Desafiando o tradicional, esse espumante traz um estilo moderno e versátil, cheio de versatilidade e com muitas possibilidades de ser consumido: como aperitivo, acompanhando pratos leves, ou sendo base de drinks.
Um espumante vibrante, jovem, delicado e refrescante. Com notas florais e frutadas, é ideal para acompanhar refeições exóticas com sabor picante e molhos agridoces. Também harmoniza com sobremesas, frutas secas e queijos moles.
Champagne Moët & Chandon Ice Impérial Rosé Demi-Sec
Cremoso, frutado, com boa acidez e doçura presente, esse exemplar possui aroma de frutas vermelhas como cereja e amora, com delicadas notas de figo. Com uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, é o primeiro e único champagne vinificado em rosé desenvolvido especialmente para ser apreciado com gelo.
Harmoniza com risoto de tomate seco e mussarela de búfala, lombo ao molho de frutas vermelhas, carpaccio de salmão, camarões grelhados, frutos do mar à provençal e casquinha de siri.