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Diário do Winehunter

Nossa última viagem do ano

30 dezembro 2016
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A última viagem de 2016 foi coroada com mais uma condecoração incrível. Saiba como foi esse evento aqui.

Nossa última viagem do ano aconteceu junto a mais uma condecoração: a Confrérie des Chevaliers du Tastevin, na Borgonha.

Começamos os trabalhos no Château Pierreux, em Beaujolais, onde nossa querida amiga Cécile Bossan teve a paciência de receber mais de 150 amostras do mundo inteiro para nosso último painel anual de degustação.

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Só este ano, foram 21 viagens ao exterior, mais de 52 vinícolas visitadas e mantemos o ritmo de uma média de 2.000 vinhos degustados, além de 3 malas extraviadas. Essa parte é pior que vinho ruim. Rs.

Foram tantos vinhos que alguns deram trabalho para o Manu descobrir de onde vieram. Foi um painel de altíssimo nível. Aguardem.

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Deixamos o Beaujolais em uma manhã fria com a certeza de voltarmos ao Château Pierreux, pois ali nos sentimos em casa. Já nos hospedamos várias vezes lá e a simpática e querida Madame Galan sempre nos surpreende com pratos bárbaros típicos borgonheses, de produtores locais ou da própria horta do Château.

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Rumo a Puligny, chegamos ao incrível Le Montrachet Hotel e Restaurante (fantástico!), onde continuamos a orgia gastronômica que é a Borgonha. Foi lá que comi o melhor escargot da minha vida.

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O lugar é realmente incrível, nem me importei que minha reserva estava “Bixente Jorge”. Rs. Se quiser conhecer, vale a pena, porém, é bom se programar porque o local fica um fechado no inverno por um tempo.

À noite, nos preparamos em grande estilo, com um friozinho na barriga, para o grande evento no Clos de Vougeot. Nós estávamos ansiosos como sempre.

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Situado na Route des Grands Crus, itinerário que atravessa os principais vinhedos e vinícolas da Borgonha, o castelo Clos de Vougeot, uma grande e bela edificação, cuja construção foi iniciada nos anos 1200, é sede de uma das confrarias mais prestigiosas do mundo, a Confrérie des Chevaliers du Tastevin, que nasceu em Nuits Saint Georges, no dia 16 de novembro de 1934, em resposta à crise econômica, com quebras acentuadas de vendas, que deixaram as caves cheias de prestigiados vinhos.

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Até hoje, o seu papel, tanto na significação do terroir, como na propaganda a favor dos vinhos, especialmente os de Borgonha, continua sendo muito considerável. O cerimonial que preside os capítulos é inspirado em Rabelais e em Molière, e oferece um espetáculo muito tradicional, que se caracteriza pelo seu humor, o seu sentido de conveniência e de cultura do vinho. Hoje tem 12.000 membros, incluindo reis, rainhas e príncipes, industriais, fazendeiros, banqueiros, políticos e artistas provenientes de muitos países.

Encerramos nossa jornada na adega do nosso grande amigo Hérve, em Puligny, onde passamos a manhã provando rótulos incríveis. Uma adega impressionante pelas preciosidades e raridades.

Abraços e até o ano que vem!

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