Abrir Menu Fechar Menu Abrir Campo de Pesquisa Fechar Search
Dicas

Como ler rótulos de vinhos chilenos

25 fevereiro 2016
  • 5371 visualizações
  • 3 comentários

O Chile também possui suas especificações para elaborar um rótulo. Veja como entender os vinhos chilenos.

Diferente de países como a França, o Chile não possui um rígido sistema de leis para o cultivo de uvas e o processo de elaboração de vinhos. Porém, em 1994, o país definiu o estatuto de regiões vitícolas, as Denominaciones de Origen (DO) que, como em outros sistemas de países do Novo Mundo, só diz respeito à indicação geográfica.

As principais regiões foram divididas em quatro grupos: Coquimbo, Aconcagua, Vale Central e Sul. Posteriormente, essas quatro regiões foram divididas em treze sub-regiões, que correspondem geralmente aos vales entre a Cordilheira dos Andes e o Pacífico.

Esse sistema foi criado devido à divisão administrativa do país, havendo a possibilidade de futuras alterações, desde que os produtores julguem necessário reconhecer novas áreas mais específicas. Veja como é divisão das regiões chilenas, hoje:

Coquimbo: Elqui, Limarí e Choapa

Aconcagua: Aconcagua, Casablanca e San Antonio

Vale Central: Maipo, Cachapoal, Colchagua, Curicó e Maule

Dica de leitura:  5 vinhos para fugir do comum

Sul: Itata, Bío Bío e Malleco

Logo, essas regras que entraram em vigor, oficialmente, em 1995, definem denominações, sub-regiões e as zonas dentro dessas regiões:

  • Se um vinho é rotulado com uma determinada região, pelo menos 75% das uvas devem ser provenientes dessa localidade;
  • Se o rótulo indica uma variedade, o vinho deve ser composto com pelo menos 75% da uva citada;
  • Quando os rótulos especificam a safra, pelo menos 75% do vinho deve ser daquela safra.

Mesmo com o mínimo de 75% exigido nos termos acima, a maioria dos produtores utiliza no mínimo de 85%.

Existem outros termos de rotulagem que também são autorizados no país, como: Reserva, Reserva Especial, Reserva Privada e Gran Reserva. Todos indicam algum envelhecimento em barrica, no caso dos tintos.

Esses termos são relativamente limitados e devem ser mais relevantes se usados como uma indicação de nível de qualidade na gama de cada produtor, pois são vinhos produzidos com mais cuidado, desde a seleção das uvas ao processo de vinificação.

Dica de leitura:  Receita de filé de peixe com crosta de gergelim

O muito conhecido e utilizado termo Reservado não integra o grupo dos autorizados no estatuto do Chile, já que não segue nenhuma das regras exigidas.

Ele estampa os rótulos dos vinhos de entrada das vinícolas que, geralmente, são exemplares frutados, mais fáceis de beber, sem envelhecimento em barrica, sem complexidade e, normalmente, produzidos em grande escala, visto que estão prontos para o consumo.

São exemplares em que, em toda a safra, terão o mesmo padrão, ou seja, mantém sempre o mesmo equilíbrio.

Independente do termo vale lembrar que o melhor vinho é aquele que agrada ao paladar pessoal de cada um e que se encaixa no momento desejado, seja para o dia a dia ou ocasiões especiais.

Escrito por: