Volta ao mundo em 8 vinhos do Novo Mundo
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Conheça os principais países do Novo Mundo através de oito vinhos.
África do Sul
Atualmente o sétimo maior produtor mundial de vinhos, a África do Sul mostra que os mais de 350 anos de história com a vitivinicultura estão, cada vez mais, dando bons frutos. Marcados pela influência de holandeses, alemães, franceses e italianos, seus vinhos refletem as tradições do Velho Mundo, influenciados pelo estilo contemporâneo do Novo Mundo. O país produz vinhos de diferentes estilos, mas os brancos são o destaque. Assim como o Neethlingshof Estate Collection the Six Flowers 2016.
Um branco intenso que une seis variedades de uvas. Apresenta aromas intensos de frutas cítricas, notas herbáceas, florais, minerais e de chá de ervas. No paladar, mostra sabores expressivos, acidez equilibrada, bom corpo, e final longo.
Argentina
As excelentes condições de solo, natureza e clima, além das uvas privilegiadas, tornaram a Argentina um dos polos mais atrativos para a produção de vinhos. Não à toa, o país é o quinto maior produtor – e consumidor – da bebida, no mundo. Nos últimos anos, o investimento em modernas técnicas de vinificação e no cultivo de castas europeias nobres garantiu ainda mais qualidade para os rótulos argentinos, que passaram a ganhar maior destaque no cenário mundial. Bom exemplo é o Goulart Grand Vin Malbec Single Vineyard 2009.
Generoso e imponente, é elaborado com uvas provenientes de videiras com 95 anos de idade em Lulunta, um terroir único dentro da já afamada região de Luján de Cuyo. Apresenta aroma sedutor, paladar carnudo e intenso.
Austrália
O país que já foi colônia inglesa é, hoje, umas das nações mais ricas do mundo e berço de ótimos vinhos. Dentre as principais regiões vitivinícolas da Austrália está a South Australia (Austrália do Sul) que engloba o maior número de sub-regiões reconhecidas e representa cerca de 60% de todo o vinho produzido no país, com diferentes níveis de qualidade. A Austrália já é o quinto maior exportador de vinhos do mundo. Para degustar, Yellow Tail Chardonnay 2016.
Branco aromático, com notas de pêssego e melão, leve e com bom frescor. A marca é a terceira mais vendida do mundo e a primeira nos Estados Unidos, país no qual ficou marcada por trazer os consumidores de cerveja para o mercado de vinhos.
Brasil
A tradição europeia com o mundo dos vinhos, trazida ao Brasil pelos imigrantes, aliada ao investimento em inovação, deu origem a exemplares com personalidade única. Hoje, a área de produção vitivinícola no Brasil já soma 83,7 mil hectares e são mais de 1,1 mil vinícolas brasileiras. O país se consolidou como o quinto maior produtor da bebida no Hemisfério Sul e vem ganhando, cada vez mais, espaço entre a crítica especializada. Aqui, vale destacar os bons espumantes nacionais, como o Espumante Salton Reserva Ouro.
Com aroma de abacaxi, baunilha e notas de fermento, esse exemplar, produzido em um dos melhores terroirs para espumante do mundo, a Serra Gaúcha, possui um paladar seco, refrescante e muito cremoso.
Chile
Os primeiros vinhedos registrados na história do Chile foram plantados no início do século XVI. O país é privilegiado, quando se trata da produção de vinho, pois tem diversidade de solos, água de qualidade vinda dos Andes e barreiras naturais que contribuem diretamente para o sucesso de seus vinhos. O Vale do Maipo, região de inúmeros atributos enológicos, concentra o maior número e as mais antigas de vinícolas chilenas. Por lá, são elaborados vinhos icônicos, como o Almaviva EPU 2014.
Frutas vermelhas e negras maduras como cassis, notas de baunilha, alcaçuz e caramelo são os aromas desse tinto complexo, volumoso, com taninos presentes, toque aveludado e final persistente.
EUA
O grande destaque dos EUA, quando falamos em vinho, é a Califórnia. A vinicultura na região remonta a meados do século 19 e fez história com o Julgamento de Paris, degustação às cegas ocorrida em 1976 que nomeou vinhos californianos superiores a renomados rótulos franceses. De lá para cá, a combinação de clima e solo da Califórnia fez do país o quarto maior produtor mundial da bebida, com mais de 3.000 vinícolas ativas. Um representante do potencial da região é o Bridlewood Monterey Pinot Noir 2014.
Diferente dos vinhos tradicionais da Borgonha, esse tinto expressa a Pinot Noir em seu estilo americano. É um vinho de aromas ricos com notas de frutas, floral e caramelo, com paladar macio e fresco.
Nova Zelândia
A Nova Zelândia começou a ter seu nome projetado internacionalmente no mercado de vinhos a partir da década de 80, graças às propriedades incomuns que a uva francesa Sauvignon Blanc adquiriu no terroir neozelandês. O vinho do país é caracterizado por sua pureza, vivacidade e intensidade. O longo período de maturação – resultado de baixas temperaturas – permite o desenvolvimento de sabor, mantém a acidez fresca e o equilíbrio pelo qual são famosos. Para comprovar, o Cloudy Bay Sauvignon Blanc 2015.
Abacaxi, maçã verde, notas de limão, ervas frescas e toque floral, são os aromas desse vinho de acidez marcante, boa presença em boca e saboroso final.
Uruguai
As primeiras uvas viníferas foram cultivadas no Uruguai há mais de 250 anos. A produção de vinhos com fim comercial, entretanto, só começou na segunda metade do século XIX. Pelas características climáticas, especialmente a influência marítima, o Uruguai é comparado com a região de Bordeaux, na França. Atualmente, seus vinhos são muito apreciados ao redor do mundo, especialmente os que são elaborados com a Tannat. A casta francesa é a principal uva no país. Vale a pena degustar: Angel’s Cuvée Ripasso de Tannat 2008.
Para quem busca por intensidade de sabores e aromas, esse tinto traz geleia de frutas, cacau, marmelada e amêndoas, com um paladar robusto, macio e com longo final. Um vinho marcante, que não passa indiferente pelos nossos sentidos.